segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Entrevista com o Nathan Fillion para a Revista Playboy

Esta entrevista do Nathan Fillion para a revista Playboy está muito legal; aqui ele fala sobre Castle, seu início na carreira de ator, seus amigos na indústria do cinema e da TV, seu passado e muito mais coisa interessante. Vale a pena ler.

A maioria das séries não dão certo.
Sim. Sei disso muito bem.
Por que você acha, qual é a coisa especial que fez Castle ter sucesso? O que ela tem que as outras séries, a maioria das outras séries, não têm?
Eu ouvi que o motor da série é tão bom que afaz continuar. O motor desta série foi o gato e rato entre um cara que realmente gostava de uma garota e essa garota que não assumia as suas emoções, mas todos nós sabíamos que, juntos, eles eram ótimos. Gostei muito desse aspecto. Eu também sinceramente acredito que, ao contrário de outros procedurais, nós não nos levamos tão a sério. Pegamos mais leve, tanto quanto mistério de assassinato nos deixa. Ao mesmo tempo, é uma espécie de faca de dois gumes, já que isso não nos permite ser colocados em nenhuma categoria. Disseram-me que estão falando sobre nos colocarem em uma nova categoria, chamada "dramédia". Porque nossa série não é nem uma comédia, nem um drama.
Castle me lembra as séries que assistia quando criança com meu pai, e eles não fazem mais tantas séries assim, onde todos pudessem sentar e se divertir com isso.
Casal 20. Arquivo Confidencial!
Eu podia assistir [essas séries] e aproveitá-las totalmente, meu pai poderia vê-las e tirar outras coisas dela, minha mãe poderia assisti-las e ter o James Garner. Isso, para mim, é o nicho que Castle preenche.
Eu acho que você está absolutamente certo. Uma das coisas mais importantes para o seu ponto de vista é o fato que temos Susan Sullivan e Molly Quinn. Mesmo o Castle sendo incômodo e irritante e traiçoeiro — eu odiaria sair com o Castle. Vamos, cara. Desligue-o. Mas ele vai para casa e ele não é o rei daquele castelo. Essas mulheres estão comandando sua vida e ele é um livro aberto para elas. Ele está constantemente aprendendo e não está no controle de lá a menos que seja realmente importante. Vida ou morte. Ele não é um cara quebate o pé. Eu acho que muita gente acha isso cativante, a vida da família.
Qual você acha que seria o ponto final natural da série? Este ano? No ano que vem?
O desfecho natural? Excelente pergunta. Você está perguntando à pessoa errada. Eu sou o cara que disse: "Não coloque Castle e Beckett juntos, porque esse será o fim de tudo. Será o fim." As pessoas assistem porque não querem que eles fiquem juntos, mas ao mesmo tempo, quanto tempo você pode esperar para que duas pessoas finalmente... Sim, eu me lembro como estava errado sobre isso. Vou reservar a minha opinião para o futuro. Vou apenas relaxar e esperar e observar e ver o que acontece. Minha esperança é que não haja nenhum ponto final natural. Que possamos continuar enquanto quisermos. Isso seria bom.
Quando esse ponto chegar, você está de olho em alguma coisa que deseja manter do set?
Há algumas fotos de família maravilhosas no set do loft do Castle. Há uma da Molly, Susan e eu jogando um jogo de tabuleiro e há uma da Susan comigo que é um ensaio em estúdio; são bem bonitas, eles tiraram enquanto estávamos fazendo o piloto. No escritório do Castle existe uma série de lembranças de diferentes casos que fizemos. Um iPhone com uma estrela ninja nele. A placa de "escritor" no colete à prova de balas do Castle com o buraco de bala nela, e a bala ainda está lá. E a grande imagem da escada, o cartaz, a grande imagem da escada atrás da mesa. Eu gostaria de manter isso.
Dadas as exigências sobre você como a estrela de um programa de televisão de um canal que filma durante 30 semanas do ano, 12 horas por dia, onde você encontra tempo para fazer todas as outras coisas que você faz? Seja o Thrilling Adventure Hour ouvídeo games, ou dublagens de animação, ou leituras de Black List, ou seja lá o que for. Você é mais visível do que qualquer outra estrela de um programa de televisão que eu posso imaginar.
Sou?
Sim. Ted Danson não estava em todos os lugares quando foi a estrela de Cheers.
Ted Danson não tinha Twitter. Esta é uma excelente pergunta. Digo, The Thrilling Adventure Hour é um investimento de quatro a oito horas em um sábado, talvez duas horas em outro dia da semana anterior. A coisa da dublagem, eu tenho voado para Seattle para fazer essas, às vezes eles são gentis, muitas vezes eles são gentis, em vir para LA e eu posso correr lá em uma tarde de sábado e gravar por quatro horas. Se um projeto é um investimento de quatro horas e, em seguida, voltar e fazer uma ou duas horas a mais em um outro momento, é algo que eu posso fazer. Infelizmente coisas como filmes ou participações especiais nos outras séries não são tão fáceis. Mas eu tenho sido muito sortudo, não tenho? Quando você fala sobre isso assim eu me sinto um pouco sortudo.
É do tipo, eu estou jogando Destiny, lá está você. Estou assistindo Frango Robô, lá está você. Much Ado About Nothing, lá está você.
Todas essas coisas que eu fiz em fins de semana. Todas elas.
Você é como a Marinha: "Fazemos mais nos fins de semana do que você faz durante toda a semana."
Além disso, uma das bênçãos é ter amigos que fazem coisas incríveis e meu círculo de amigos faz isso muito fácil, porque você não precisa ir procurar alguma coisa. "Ei Nathan, você quer fazer isso? Você quer ser parte disso?" Certamente.
Com o que você mais se diverte fazendo?
Eu me divirto mais fazendo coisas que me desafiam. Much Ado About Nothing. Eu estava apavorado. Eu tentei desistir. Tentei deixar pra lá. Joss me convenceu. Eu fiquei tão feliz, porque me dizerti muito gravando. Lembro do meu primeiro dia de trabalho observando Clark Gregg, furioso no jardim do Joss, gritando com esses moleques que chegaram e estragaram tudo e sua filha morreu por causa disso. Eu pensei: "Uau, eu não posso estragar isso. Isso é muito bom. Eu tenho que me superar aqui." As coisas que me desafiam. Coisas que são diferentes. Isso é o que é fantástico. Agora o novo e o diferente é divertido para mim.
Falando nisso, qual o tipo de coisa que você quer fazer a seguir? Eu também tenho que pensar que, seja lá quando o final da série chegar, você estará em uma posição de poder escolher. Em um mundo perfeito, o que você gostaria? Filmes, mais TV, teatro?
Variedade. No momento, não acho que poderia ser seduzido por outros sete anos, outra década em um programa de TV. Eu não acho que me seduziria no momento. Trabalhos comprimidos, um mês, uma semana, três meses e, em seguida, está terminado. Essas coisas estão parecendo muito boas para mim.
Conte-me sobre a brincadeira mais elaborada que você já fez.
[O colega de elenco do Fillion em Firefly] Alan Tudyk costumava fumar. E ele veio à minha casa e pegou seus cigarros na varanda e eu lhe entreguei um isqueiro. Era um daqueles isqueiros que dão choque e que deu um choque grande nele. Então rimos bastante. E aí eu entreguei-lhe outo isqueiro. Ele disse: "Rapaz, isso foi terrível." Entreguei-lhe outro isqueiro e era um de choque também, completamente diferente do primeiro isqueiro. E ele tomou outro choque. Ele se recusou a acender um cigarro na minha casa depois disso. Depois que começamos Firefly, ele estava se mudando de Nova York e procurando um lugar para morar. Eu disse: "Venha para minha casa, estou fora da cidade. Você pode alimentar meu gato enquanto procura um lugar para morar, será perfeito para todos." Ele disse: "Ótimo." Eu tinha deixado um bloco de papel na mesa de café. No último dia das duas semanas, ele disse: "Ah, eu vou escrever um recado para o Nathan. Só para ele saber que correu tudo bem. "A caneta era uma caneta de choque. Duas semanas estava lá e ele quase escapou de não levar um choque. Foi por pouco!
Qual é o melhor conselho que você já ganhou?
Bob Woods sentou comigo durante o segundo ano do meu contrato de três anos em One Life to Live e disse: "Você tem que deixar a novela. Eles vão pedir que você fique e vão tornar muito difícil para que você saia. Eles vão oferecer-lhe muito dinheiro — e você vai sair de qualquer maneira. Você vai se mudar para Los Angeles e você vai tentar a vida." Ele disse: "Não se preocupe, se não der certo, você sempre pode voltar." Ele me deu a confiança necessária para sair. E eu fiz isso. Eu vim para Los Angeles e consegui alguns trabalhos de imediato que foram incríveis e pensei: "Estou em um foguete." E então eu tive um ano inteiro de desemprego. Não por falta de tentativa, eu estava realmente tentando trabalhar, mas ninguém me contratava. Foi muito difícil não levar para o lado pessoal. Eu estava pronto para pegar o telefone e ligar para One Life to Live e dizer: "Eu vou voltar." Então eu recebi um telefonema de um trabalho e esse trabalho levou a um outro trabalho que durou dois anos e meio e este trabalho me levou a Firefly e as coisas voltaram ao normal depois disso.
Se você pudesse voltar no tempo, o que diria ao jovem Nathan Fillion vindo para Nova York pela primeira vez? Como você o aconselharia?
Eu não sei se iria mudar muita coisa. Porque eu aprendi com tudo o que fiz. Teve uma menina com quem namorei que acabou sendo bem malvada e um pouco louca. Eu diria talvez para evitá-la. Mas por outro lado, todas as minhas quedas foram tropeções. Você tem que aprender com eles. Eu não sei se eu mudaria muito. Eu poderia ter me dito para guardar um pouco mais de dinheiro. New York City é uma cidade cara. Sei que o tempo tem uma maneira de filtrar toda porcaria, mas eu tive uma experiência muito positiva em One Life to Live.
Seus pais eram professores. Você quase foi professor.
Estava a três meses de distância da minha licenciatura.
Se você fosse abrir a Escola de Atores Nathan Fillion, o que estaria no currículo?
Como atuar através de distração. Como atuar, ao invés de para uma pessoa, para um X em uma cortina. Atuação no palco é, você tem um proscênio, você atua em direção ao público, você só trapaceia o público um pouco. Atuando na TV são tipos diferentes tipos de trapaças. E há todas essas distrações e todas essas pessoas na sua linha de visão esperando que vocêfaça seu trabalho, ou fazendo o trabalho deles mesmos, e isso pode ser muito perturbador. Chegar a sua marca. Eu adoraria ensinar atuação para pessoas que já sabem como atuar e ensinar-lhes os aspectos técnicos. Acho que Harrison Ford disse: "Fazer uma escolha é fácil. Fazer a escolha certa é difícil." Escolhas estaria no currículo.
Estamos vivendo na era de ouro do geek. E alguns de seus bons amigos — Joss Whedon e James Gunn — estão no assento do motorista. Você está tentado a ser uma grande parte no que eles estão trabalhando? Ou você já teve de recusar algo grande?
Estamos falando de dois caras que têm sido incrivelmente generosos comigo ao longo dos anos. Incrivelmente. E no caso de Joss Whedon, eu estava andando em torno de Hollywood apenas fazendo tudo o que eu poderia ter em minhas mãos e ser o cara número cinco na melhor das hipóteses. Ninguém iria me dar uma oportunidade, até que ele disse: "Você é meu cara." Ele mudou tudo para mim. Ele mudou a minha vida profissional. Ele mudou a minha vida pessoal. O que eu aprendi com ele, o que eu aprendi a fazendo aquela série, mudou a forma como eu faço o meu trabalho. Mudou — eu odeio falar sobre "a arte", e eu raramente uso essa palavra — mas mudou a arte para mim. Eu olhei para tudo sob um foco diferente depois disso. Da mesma forma com o James Gunn. Eu olho para as coisas de forma diferente depois de ter trabalhado com James Gunn. Pessoas que gostam de contar histórias, pessoas que são excelentes nisso. Apaixonados por isso. Eu tive a sorte de trabalhar com eles. Eu teria que mudar fundamentalmente o tipo de pessoa que eu sou em meu interior para pedir por mais. "Você não fez o suficiente por mim. O que você fez por mim ultimamente?" Eu nunca vou pedir mais. Eu gostaria de tentar retribuir as gentilezas na minha vida. Eu nunca vou ser capaz de retribuir a bondade que aqueles homens me deram.
Existe um super-herói que você quer fazer?
Stephen Cannell costumava aparecer [no set de Castle], ele era intimamente conectado a Castle por causa das pessoas envolvidas, e eu sempre falava com ele sobre uma refilmagem de Super-Herói Americano. Pensei que seria fantástico como um filme, pensei cque poderia continuar como uma franquia, e com a tecnologia que temos agora, aquela simples roupa vermelha poderia realmente ser uma coisa incrível. Algo entre a simples fantasia vermelha e a armadura do Homem de Ferro. É o que você precisa que seja no momento em que você precisa que seja isso.
Existe, e isso é uma coisa estranha de dizer, mas há uma armadilha em ser estereotipado como incrível?
[Risos] Eu não sei. "Estereotipado como incrível." Sou? Você olha para Malcolm Reynolds, aquele cara foi muito legal. Não porque ele era super e incontrolável; ele perdeu o tempo todo. Suas vitórias foram pequenas. E ele vai pegar as pessoas. Precisou de muito pouco para fazer o cara feliz. Enquanto ele estivesse relacionando-se com cara certo e indo embora podendo andar, ele estava bem.
Calças opcionais.
Exatamente. Então é esse tipo de incrível. E depois há o "Veja o quão incrível eu sou, gente!" E todo mundo sabe que você realmente não é impressionante, que você é realmente um idiota. Portanto, estas são duas extremidades opostas do espectro de incrível. Diante desses dois personagens eu acho que estou muito seguro. Há bastante espaço entre esses dois caras, né?
Qual foi a sua primeira experiência com a revista Playboy?
No caminho para a escola, o ônibus dava uma volta muito grande até chegar à escola, mas se você fosse de bicicleta, você passava por este gigantesco campo vazio com esses pinheiros gigantes. Os pinheiros ainda estão lá. Três desses pinheiros eram bem próximos e alguém colocou tábuas pregadas ao lado, tábuas que você poderia subir. Eu honestamente não me lembro da altura. Eu me lembro que se eu caisse, morreria. Você tinha que subir nessas tábuas pregadas ao lado de uma árvore, e quando chegava ao topo, havia tábuas pregadas entre as três e tábuas na parte superior. Então formava uma plataforma plana. Sem parapeito, sem paredes, sem telhado, apenas uma plataforma. E eu tinha medo de altura. Mas alguém disse: "Tem Playboys lá em cima."
"O que é uma Playboy?"
"É uma revista com mulheres nuas."
Então, estou eu subindo lá e deixe-me dizer, o vento era forte e estavam balançando e aquela coisa estava torcendo e torcendo e lá estava eu folheando cópias desbotadas da revista Playboy.
Você faria qualquer coisa para chegar lá. "O que você precisa que eu faça? Eu vou fazer isso. Preciso roubar a arma de um policial? Vou roubar a arma de um policial."
Arrisquei a morte para ver minha primeira Playboy.

Fonte: Playboy





Um comentário:

  1. Eu leio essas entrevistas e fico surpresa com o tom frio que ele dá para a personagem Beckett e até mesmo para a Stana. Na série você vê como eles conseguem ter uma atuação maravilhosa juntos, mas nas entrevistas parece que um não existe para o outro. Não digo que precisem ser melhores amigos, mas poderiam ter mais consideração. Pelo menos por parte do Nathan.

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